14/06/2017

MULHER-MARAVILHA (2017) - Patty Jenkins / Crítica


Data: 

1 de junho de 2017 
(2h 21min)

Direção: Patty Jenkins

Elenco: 
Gal Gadot
Chris Pine
Connie Nielsen
Robin Wright
Danny Huston
Elena Anaya
Lucy Davis


Gênero: Ação, Aventura, Quadrinhos

Nacionalidade: Estados Unidos

É o primeiro filme das mais importantes personagens dos quadrinhos, juntamente com o Superman e Batman já faz parte do imaginário da cultura pop. Mulher-Maravilha por se tratar de uma super-heroína com mais de 76 anos de história, a produção se permitiu contextualizar a aventura solo como um filme de época e esse foi sem dúvida um bom acerto.

Outro acerto foi não cometer os mesmos erros de produções anteriores como Batman vs. Superman e Esquadrão Suicida. Fazendo que o longa fique dinâmico  numa história simples e sem muitas firulas, com diálogos bem humorados (sem os exagers forçados da Marvel) que ocorrem de forma bem natural, e um romance bacana, mas que em nenhum momento tira o foco da protagonista.

É muito interessante ver uma mulher dirigindo um blockbuster que tem como personagem principal uma mulher. Escolher Patty Jankins, que só tinha feito Monster - Desejo Assassino (2003) deixou tudo num lugar comum.  E para um filme da nossa musa heróina era mais do que preciso. (Nada de feminismo, e sim, da graça de todo esse universo feminino.)

As cenas de ação tem uma sincronia estética muito bonitas, mesmo sendo ensaiadas para ser assim. Mas nota-se um dedo do Zack Snyder nessas cenas, mas Jenkins equilibra muito bem isso com leveza e sendo brutal no momento certo.

Gal Gadot desde BATMAN VS SUPERMAN me surpreendeu bastante. Aqui ela tá muito bem com Diana Prince/Mulher-Maravilha, não é a melhor atriz do mundo quando requer algo a mais, mas ele é bem cativante e isso agrega muito no que ela faz.

Chris Pine o Capitão Kirk que STAR TREK faz o grande amor da Mulher-Maravilha, ele é um espião da segunda guerra pelos Estados Unidos e tem uma química muito boa com a Diana.

Lucy Davis de TODO MUNDO QUASE MORTO faz o alivio cômico, mas aparece muito pouco.

Davi Trewlis o eterno Remo Lupin de Harry Potter faz um cara que meio que ajuda o Steven Trevor nessa guerra.

A mãe da Mulher-Maravilha, a Rainha Hipólita feita pela Connie Nielsen que 
governa da ilha. Presença forte e determinada. Ela já fez também bem bacanas como ADVOGADO do DIABO e BRILHO da VIDA

Robin Wright, feita pela eterna Jenny de Forrest Gump faz a Antíope a chefe da guarda das amazonas. Enquanto uma tenta segurar Diana para o mundo a outra incentiva ela assumir sua missão como amazona.

Danny Huston repete um pouco o que ele fez em WOLVERINE ORIGENS que é um vilão genérico com motivação convencional.

Helena Anaya que fez A PELE QUE HÁBITO faz uma vilã que me lembrou muito o Fantasma da Opera que adora jogar umas fumaças

Mas o plot sobre o vilão Ares, não chegou a me surpreender muito, achei até mais ou menos. 


A fotografia do filme é uma característica que distigue bem o tom do filme em duas partes, emThemyscira é mostrada como um paraíso, repleto de belas paisagens e governado só por mulheres, e a outra mostra uma Londres mais suja por causa dos horrores da guerra, com um tom mais sombrio (Sem exageros visuais) dando contraste que ajuda muito no clima do filme. 

MULHER-MARAVILHA até agora pode ser considerado o melhor filme do universo compartilhado da DC, mesmo tendo todos os clichês, tem um bom enredo numa boa dose de humor, ação e aventura.



NOTA: 9


PRÓS: Narrativa, fotografia e Gal Gadot que calou a minha boca fazendo a Mulher-Maravilha. Antes dela, minha torcida era para Gina Carano.


CONTRAS: Cenas de ação muito coreografadas, e a luta final que repete tudo que eu já vi antes em Batman vs Superman


Cicero Durães
14/06/2017