25/01/2017

BLADE RUNNER: O Caçador de Andróides


Data:

26 de julho de 1982 
(1h 57min)

Direção: 
Ridley Scott

Elenco: 
Harrison Ford
Rutger Hauer
Sean Young
Daryl Hannah
M. Emmet Walsh
Brion James
Edward James Olmos

Gênero: Ficção Científica

Nacionalidade: Estados Unidos


BLADE RUNNER” é nome designado para CAÇADOR de REPLICANTES. Ele é um detetive especializado em identificar um replicante seria via um teste de perguntas e respostas conhecido como  "VOIGHT KAMPFF" pois os replicantes não possuem sentimentos.

REPLICANTES são seres humanos criados em laboratórios se diferenciando pelo fato de não possuírem sentimentos. No entanto, seus criadores perceberam que após alguns anos de existência, eles desenvolveram pensamentos próprios, e tomaram consciência de sua existência.

O detetive Rick Deckard (Harrison Ford) recebe a missão de caçar quatro replicantes rebeldes de um modelo especial que em muito se assemelha aos humanos e que é dotado de grandes capacidades intelectual e física. desertores que fugiram após uma rebelião. Esses seres criados artificialmente,  faziam parte de uma colônia espacial e retornaram ao planeta Terra com a intenção de encontrar seu criador e, após serem tratados como delinquentes, demonstram ter mais humanidade que seus fabricantes.

Entre os poucos replicantes que ainda restam estão Roy (Rutger Hauer) e Pris (Daryl Hannah), que buscam seu inventor para ganhar mais tempo de vida, e Rachel (Sean Young), que em um primeiro momento serve como objeto de estudo, mas aos poucos cria uma relação particular com Deckard.

Sua história é situada em Los Angeles futurista no ano 2019, onde o céu aberto e o sol deram lugar à escuridão e a chuvas constantes, em uma metrópole com contornos amedrontadores. Nesse cenário, e com um clima futurista “noir”,

Um filme que levanta muitas questões filosóficas e éticas, provocando reflexões sobre os conceitos de humanidade, e mostrando um mundo tecnológico possível no futuro, um reflexo real do que podemos esperar da vida no nosso planeta. Possui diálogos profundos, trazendo intensas conversas que valem a pena prestar atenção. O livro explora essas questões com mais profundidade e é altamente recomendável para aqueles que apreciaram esse filme. Baseada no conto “Androides Sonham com Carneiros Elétricos? do escritor Philip K. Dick.

A verdade é que “Blade Runner” era um filme muito à frente de seu tempo – o que, na opinião do diretor Ridley Scott, é algo tão ruim quanto estar atrasado no tempo. A visão totalmente sombria de um futuro distópico, onde o planeta foi reduzido a uma terra arrasada sob constante chuva ácida e os animais já estavam extintos, não agradou a platéia daquela época, acostumada com uma leitura mais agradável do futuro da humanidade.

Blade Runner conta com várias versões porém a versão definitiva foi somente apresentada em 2007 com o corte final do diretor assim o consagrando como uma das obras mais significativas no mundo da ficção científica e se tornando referencia para o universo Cyber Punk.

O desfecho deixa a desejar: lento e inesperado, representa um quebra narrativa que deixa seu clima cair muito mesmo que induza a muitas reflexões interessantes. Toda a história ocorre num único dia da vida do protagonista. Deixando a grande polêmica que permeia até hoje: será que Deckard é também um replicante? Ridley Scott deixou o filme com algumas dicas (dúbias) que levam a crer que o detetive era realmente um replicante. O sonho com o unicórnio cujo arco se completa na última cena com o origami deixado pelo mesmo Gaff em seu apartamento deixa muitas pessoas intrigadas.

Esse subtitulo CAÇADOR de ANDROIDES usado apenas no Brasil não faz nenhum tipo de sentido porque androides são mecanismos cibernéticos para definir ROBÔS. REPLICANTES são organismos que se aproximam do que pode ser considerado CLONAGEM. Mesmo assim, detalhes que passam desapercebido por muita gente.

BLADE RUNNER: O Caçador de Androides é uma ficções científica que virou cult no cinema, por causa de sua passagem no tempo, e pela maneira como levanta as questões sobre a condição da existência, sua visão futurista no que ocorre atualmente. O filme de 1982 que já falava de aquecimento global, poluição, superpopulação, escassez de água e combustíveis, extinção de animais, consumismo desenfreado e o domínio de corporações sem esperança num mundo que caminha para a autodestruição a passos largos.

NOTA: 8

PONTO POSITIVO: Estética Visual e Roteiro
PONTO NEGATIVO: Trama arrastada em alguns pontos

Cicero Durães
25/01/2017

21/01/2017

A.I - INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL (2001) - Steven Spielberg / Crítica


Data:
7 de setembro de 2001 
(2h 20min)

Direção: 
Steven Spielberg

Elenco: 
Haley Joel Osment
Jude Law
William Hurt
Frances O'Connor
Meryl Strepp
Sam Robards
Brandam Gleeson
Jake Thomas

Gênero: Ficção Científica

Nacionalidade: Estados Unidos



A.I - INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL conta a história de um menino-robô que deseja ser humano. A ideia do cientista em robôtica Hobby (William Hurt) seria criar o primeiro robô criança da história, um pequeno androide programado para fazer parte de uma família, para amar e ser amado. 

Depois disto é apresentado o casal Monica (Frances O’Connor) e Henry (Sam Robards) Swinton, cujo filho desenvolveu uma doença rara há cinco anos e permanece congelado, à espera da cura. Para abrandar a solidão da esposa, Henry aceita ser cobaia de uma experiência da firma em que trabalha e leva para casa um robô criança de última geração.  A reação inicial é conflituosa, mas logo se estabelece um laço mãe-filho entre ele o Monica. 

Essa ligação, porém, vai ser quebrada assim que Martin (Jake Thomas) retorne ao lar, finalmente curado. Aí, o robô acaba largado num bosque, acompanhado apenas do urso de pelúcia falante Teddy. A analogia com o conto de Pinóquio é é muito forte aqui.

Aí começa o segunda parte, que dica mais sombria. O garotinho, abandonado no meio da floresta, encontra o robô michê vivido por Jude Law que ajuda em sua busca pela Fada Azul para, assim como aconteceu com Pinóquio, se transformar em um menino de verdade, pois só assim acredita que irá reconquistar o amor perdido da mãe. 

Inteligência Artificial era um dos projetos mais queridos e ambiciosos de Stanley Kubrick, mas em um dado momento da vida ele decidiu que a pessoa certa para dirigi-lo era seu amigo Steven Spielberg. Logo após a morte de Kubrick, Spielberg decidiu produzir o filme, que acabou se tornando uma grande homenagem a um dos grandes mestres do cinema. Quando vi esse enredo em tela, percebi as três partes, claramente identificadas com os nomes do projeto. A primeira é Spielberg. A segunda, tem muito da mente de Kubrick ali. A terceira, porém, é um metafísico que, a meu ver, mescla ambos.

Na pele do menino-robô David, Haley Joel Osment mostra que sua indicação ao Oscar por O Sexto Sentido em 2000, foi de fato merecida. A evolução do personagem é tocante, e com uma atuação comovente Haley segura muito bem o filme em seu papel de protagonista, e faz com que o público se apaixone por David. 

O filme tem muitas referências de Blade Runner. E que não teme passar do drama à ficção, ao romance à aventura e de volta à ficção com impressionante desenvoltura. Mas O conto de Pinóquio, do italiano Carlo Collodi, é o fio condutor para o roteiro.

Apoiado em recursos técnicos de cair o queixo, Inteligência Artificial é fascinante mas irregular, e seu final - no qual manifesta-se, mais uma vez, a obsessão de Spielberg pelos extraterrestres, infelizmente sobrecarregado de informações, que deixa a conclusão simplista. É verdade que faltou ousadia ao desfecho, mas a opção pela emoção não pode ser considerada absurda e ninguém melhor do que Spielberg, auxiliado pela preciosa música de John Williams, para levar o público às lágrimas.

A.I - INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL além de nos trazer questionamentos sobre essa relação tão polêmica e tão complexa que é a do homem com a máquina, nos deixa uma grande lição, a de que nós, humanos, temos capacidade, maior do que qualquer artefato tecnológico: somos capazes de amar! Sonhar, planejar, enfim, nos emocionar. Grandes qualidades dos seres humanos.

NOTA: 9

PONTO POSITIVO: Efeitos especiais e condução da história
PONTO NEGATIVO: Final cheio de conveniências


Cicero Durães
21/01/2017

TRIPLO X: REATIVADO - O Retorno de Xander Cage


Data:

19 de janeiro de 2017 
(1h 47min)

Direção: 
D.J. Caruso

Elenco: 
Vin Diesel
Donnie Yen
Samuel L. Jackson
Deepika Padukone
Tonny Jaa
Kris Wu
Ruby Rose
Nina Dobrev
Rory McCann
Neymar

Gênero: Ação, Espionagem

Nacionalidade: Estados Unidos


No primeiro Triplo X” é apresentado ao atleta de esportes radicais Xander Cage (Vin Diesel), um criminoso viciado em adrenalina que é recrutado por Augustus Gibbons (Samuel L. Jackson) para uma programa especial de espionagem. 


Já no segundo filme o escolhido é Darius Stone (Ice Cube), um condecorado soldado de Operações Especiais que está atualmente em uma prisão militar, sob pesada vigilância. Após fugir da prisão, o novo agente Triplo X precisa evitar que o país sofra um golpe de estado.

Neste terceiro filme da franquia – “xXx Reativado” Xander volta a para a NSA (Agência secreta de espionagem) depois que um dispositivo com o poder de controlar qualquer satélite no mundo, a Caixa de Pandora, é roubado. (Sério)

Apesar de cenas bem feitas com o mesmo padrão do primeiro filme, o longa é cheio de cenas improváveis. Saltos sem paraquedas, a surfe com motos. O que não deixa o filme totalmente previsível são os personagens. Com certeza o ponto alto da produção. 

O roteiro cria situações absurdas dentro da trama para que a ação não caia em nenhum momento na tela e ainda faz disso algo visualmente extraordinário para quem gosta de ação, em alguns pontos fiquei rindo de algumas cenas de luta. Principalmente a que se refere do Xander contra o vilão do filme. (Vin Diesel conseguir bater no Donnie Yen, já é demais).

Tudo nesse filme é uma paródia dentro da paródia sobre filmes de espionagem que não se deve levar muito a sério, você percebe isso nas constantes frases de efeitos cafonas do Vin Diesel, o elenco parece levar isso como uma diversão sem grandes pretensões. Desperdício de talento é usar Donnie Yen como vilão e não aproveitar o potencial de luta desse cara. Percebi que ele é um dos poucos que tenta levar a sério um material tão despretensioso.

TRIPLO X REATIVADO possui até bons elementos de entretenimento, mas com uma história muito batida e que deixa a desejar. Desligue o cérebro e aproveite e saia do cinema como se nada tivesse acontecido.


NOTA: 3

PONTO POSITIVO: Personagem Xiang feito pelo Donnie Yen
PONTO NEGATIVO: Roteiro previsível e cheio de clichês


Cicero Durães
20/01/2016

20/01/2017

ROGUE ONE: Uma História STAR WARS (2016) - Gareth Edwards / Crítica


Data: 

15 de dezembro de 2016 
(2h 14min)

Direção: Gareth Edwards

Elenco: 
Felicity Jones
Diego Luna
Ben Mendelsohn
Forest Whitaker
Donnie Yen
Alan Tudyk
Jiang Wen


Gênero: Ficção Científica, Guerra

Nacionalidade: Estados Unidos

A ESTRELA da MORTE é uma poderosa arma bélica capaz de destruir um planeta inteiro. O império galático usa este poderoso armamento para dominar toda a galaxia através de um  pressão apavorante contra as outras civilizações no universo.


E é nesse cenário que contamos a nossa história. Em ROGUE ONE: uma história Star Wars se passa antes dos eventos de STAR WARS: episódio IV – Uma Nova Esperança. É uma história fechada, sem grande proporções com as 2 trilogias da saga.

Se concentra naquele letreiro que aparece em STAR WARS 4, sobre um grupo de rebeldes que se junta para “roubar” os planos da ESTRELA da MORTE. Pode ser considerado, entre aspas o episódio 3 e meio de STAR WARS.

Jyn Erso (Felicity Jones), que foi separada do seu pai quando criança. Seu pai, Galen Erso (Mads Mikkelsen), é obrigado a trabalhar para o império por ter projetado a poderosa arma de destruição em massa. Anos mais tarde, ela então tem sua ligação com Galen descoberta pela aliança rebelde. Tendo passado parte da sua vida com Saw Gerrera (Forest Whitaker).

Ela descobre que o conteúdo revela que a arma, intitulada possuí uma falha e que seus planos precisam ser roubados. Ela acaba assumindo a liderança de um pequeno grupo de rebeldes em busca de atingir tal objetivo e resgatar o seu pai.

Esse filme foge de tudo que é feito em Star Wars e usa elementos inéditos: Não possui o famoso texto de abertura, a trama pula longos períodos de tempo e ainda conta com flashbacks, planetas visitados são identificados com textos na tela, os rebeldes são mostrados sem a aura de heróis da moralidade. Pequenas diferenças que, junto com o tom ainda mais sombrio e Stormtroopers que dão medo, garantem algo novo à franquia.

E o personagem que eu mais gostei foi Chirrut Imwe (Donnie Yen) se destaca como um espécie de monge dotado de grandes habilidades mesmo com sua deficiência visual. É o que mais se aproxima de um JEDI. Um Devoto da Força, algo que ela tem uma fé inabalável, mas nunca realmente exerceu. E o andróide K-2SO, surgindo de maneira sarcástica e dono das melhores tiradas do filme, cria um boa dinâmica conflitante com a protagonista, bem diferente dos androides (R2D2 e C3Po) que normalmente estamos acostumados na cine série.

ROGUE ONE: Uma História Star Wars é um filme que almejava algo diferente, tem a sua própria independência e que funciona de certo modo. Posso considerar esse filme como um tipico filme de guerra. Não é o trabalho mais perfeito da saga. Apesar do potencial de alguns personagens que forma desperdiçados, o filme continua sendo bastante satisfatório.

E se preparem para o show de referencias para os fãs da saga é um deleite. Inclusive, os efeitos executados para rejuvenescer e recriar figuras já bastante conhecidas e muito queridas é um destaque a parte e certamente desperta muita nostalgia no fã.


NOTA: 9

PONTO POSITIVO: História independente e referências

PONTO NEGATIVO: Personagens pouco aproveitados


Cicero Durães
20/01/2017

16/01/2017

ASSASSIN´S CREED (2016) - Justin Kurzel / Crítica


Data: 

12 de janeiro de 2017 
(1h 56min)

Direção: 
Justin Kurzel

Elenco: 
Michael Fassbender
Marion Cotillard
Jeremy Irons
Brendan Gleeson
Charlotte Rampling
Denis Ménoche
Ariane Labed

Gênero: Ficção científica, Videogame

Nacionalidade: Estados Unidos, França

ASSASSIN'S CREED é um jogo de videogame de muito sucesso feito pela Ubisoft que ganhou agora uma adaptação cinematográfica. A longa metragem se passa no mesmo universo dos jogos, porém possui uma história nova que expande a mitologia da série agregando novos assuntos.

No filme Callum Lynch (Michael Fassbender) está condenado à pena de morte e a empresa Abstergo usa dessa condição para usa-lo como cobaia num experimento de laboratório, que visa leva-lo no passado com a máquina Animus, (Vai te lembrar um pouco AVATAR de James Cameron) e assim descobrir aonde a Maça do Éden está escondida. A Maçã é um objeto que guarda segredos sobre a criação da humanidade e pode ser responsável por mudar o presente e o futuro. É um artefato que poderia cessar o livre-arbítrio e assim dizimar a violência da humanidade.


O filme tem os seus pontos fortes, que são as cenas de Le Parkour e os cenários que remetem ao passado no século 15 e um bom elenco que realmente faz de tudo mesmo com um material raso e por muitas vezes confuso. Você encontra Marion Cotillard do filme A ORIGEM e Jeremy Irons de Eragon. Infelizmente a  falta de um fio condutor na narrativa de Assassin’s Creed deixa sua história cheio de quebra-cabeças difíceis de montar. A preocupação de mostrar conceitos do universo do jogo para garantir aos fãs uma experiência completa, sem pensar em como desenvolver tudo isso realmente, faz esse filme ficar numa exclusividade errônea para quem não sabe nada da franquia.

Na direção temos o inexperiente Justin Kurzel, que possui no currículo "MACBETH: Ambição e Guerra". (Nada a ver com o cara mesmo) Sua direção ainda percebe-se muitos ângulos parecidos. deixando as cenas repetitivas o que atinge a narrativa, deixando a projeção do filme cansativa e sem nenhum tipo de realce.

Mas há o problema básico na concepção, que tenta equilibrar duas linhas temporais de forma paralela por toda a história. O que é um total engano em deixar a história do passado ser menor que a história que se passa no presente. Foi um ponto do filme que deveria ser mais investido. Fiquei sabendo que nos jogos a grande maioria do tempo você está no passado, a maior parte do filme acontece no presente, e eu gostei bem mais da história de Aguilar que é mais atrativa do que a de Callum.

Fiquei sabendo depois de ver esse filme que existe um tal de SALTO de FÉ que é onde um personagem se joga de uma grande altura. Mas eu não senti nenhum tipo de emoção sobre isso. Faltou algo que trouxesse potencia sobre essa cena, me passou muito despercebido. (Talvez nem tenha reparado)


Em resumo ASSASSIN'S CREED Não se trata de um filme ruim. É uma produção mediada que esforça-se tanto para agradar o público de cinema como os fãs do game, mas que que infelizmente não consegue ir além, Mesmo com o carisma de Michael Fassbender que percebe nitidamente seu esforço para alavancar a franquia, não foi suficiente, e novamente mais um filme sobre videogames que não deu certo.


NOTA: 5

PONTO POSITIVO: Quando a história se passa no passado

PONTO NEGATIVO: Informações sem estrutura na narrativa.


Cicero Durães
16/01/2017 

MORTAL KOMBAT (1994) - Paul W. S. Anderson / Crítica


Data: 

29 de setembro de 1995 
(1h 40min)

Direção: 
Paul W.S. Anderson

Elenco: 
Christopher Lambert
Robin Shou
Linden Ashby
Cary-Hiroyuki Tagawa
Chris Casamassa
Talisa Soto
Bridgette Wilson
Trevor Goddard
François Petit

Gênero: Luta, Fantasia

Nacionalidade: Estados Unidos

MORTAL KOMBAT de 1995 é considerado ainda único filme baseado em videogame que deu certo no cinema. A obra foi um sucesso de bilheteria. A história fala sobre um torneio que ocorre de dez mil anos de artes marciais que decide os destinos do universo. Quem ganha pode dominar outras dimensões.


A trama segue o guerreiro Liu Kang (Robin Shou), o ator Johnny Cage (Linden Ashby) e a soldada Sonya Blade, (Bridgette Wlson), Esses heróis são guiados pelo deus do trovão Raiden (Christopher Lambert) em uma jornada para combater o mago do mal Shang Tsung.(Cary-Hiroyuki Tagawa).


Os jogos de videogames tem um roteiro repleto de personagens e histórias que prendem a atenção fácil, fácil. Mas infelizmente não é isso que acontece na maioria das vezes... De vez em quando aparecem bombas do mais alto escalão por aí como por exemplo, Super Mario, Tekken, Warcraft, Angry Birds, Max Payne, Alone in The Dark, Silent Hill, Doom" e Street Fighter.


O Filme teve a direção de Paul W.S. Anderson, um dos diretores mais comerciais de todos os tempos. Um filme bastante honesto, considerando o orçamento e as limitações técnicas da época; sem falar da música tema, que fica na minha cabeça até hoje. Um tecno citando o nome de todos os personagens do jogo com a voz do narrador do jogo e finalizando com o grito: M-O-R-T-A-L K-O-M-B-A-T ! ! ! ! !


Uma coisa que se pode dizer de Paul W. S. Anderson é que, ele não é o pior cineasta do mundo, três dos seus maiores sucessos comerciais, Mortal Kombat, Resident Evil e Alien vs Predador ganharam continuações, mal dirigidas por outras pessoas, e todas são inferiores aos filmes originais.

O filme olhado por certa ótica é bem fraquinho, já que a canastrice encorpora em todos os atores do filme, inclusive Christopher Lambert, (Imortal de novo como o deus Trovão) os efeitos especiais não são revolucionários e o roteiro adaptou muito bem algumas coisas, (Principalmente a relação entre Subzero e Scorpion) mas o filme conta com vários acertos.

A direção de arte é de qualidade, recriando com fidelidade o mundo de Outworld, a ilha e todos os outros cenários. A edição dinâmica do filme não deixa a projeção ficar parada em nenhum momento nos suas horas 1 hora e 41 minutos de duração. E as cenas de luta muito bem coreografadas com destaque da trilha sonora que abrilhanta cada vez mais essas lutas.


Outros personagens dão a cara aqui como Kano (Trevor Goddard), Reptile (Keith Cookie), Goro (Um animatrônic que não convence muito) e Kitana (Talisa Soto). (Muitos dizem que esse MORTAL KOMBAT tem os elementos do segundo jogo).


MORTAL KOMBAT é um filme feito para os fãs da saga do comsole que conseguiu ser 90% fiel a historia do jogo, mesmo não tendo os famosos FATALITYS e tendo sua censura livre para atingir um publico maior, consegue entregar a melhor adaptação de um jogo para videogame até hoje.


NOTA: 8


PONTO POSITIVO: Adaptação e trilha sonora, cenas de luta


PONTO NEGATIVO: Diálogos fracos, animatronic do Goro


Cicero Durães 
20/01/2017

15/01/2017

A LIGA EXTRAORDINÁRIA (2003) - Stephen Norrigton / Crítica


Data:
11 de julho de 2003
(1h 51min)


Direção: 
Stephen Norrington


Elenco: 
Sean Connery
Shane West
Peta Wilson
Naseeruddin Shah
Tony Curran
Stuart Townsend
Jason Flemyng
Richard Roxburgh


Gênero: Aventura, HQ

Nacionalidade: Estados Unidos, Reino unido, Alemanha

A LIGA EXTRAORDINÁRIA pode ser considerado OS VINGADORES MAIS ANTIGOS digamos assim. A premissa do filme é ótima: Juntar personagens consagrados da literatura clássica que com seus poderes sobre-humanos é chamado para combater um inimigo conhecido apenas como “O Fantasma”, que procura obter armas “especiais” para vender a determinadas nações para que fossem usadas em guerra.


Quando comecei a assistir o filme não tinha noção do enredo dos quadrinhos e ao topar com essa salada de “velhos conhecidos” vindos de ambientações tão diferentes, a impressão que tive é de que seria impossível dar coerência nesse tipo de encontro, mas o resultado desse crossover é algo fantástico. Juntar personagens da literatura clássica numa história coesa não é tarefa das mais fáceis.

E foi justamente por causa desse filme, eu fui atrás do seu material fonte, que é baseado na HQ de Alan Moore e Terry O’Neill que por sua vez é baseada na literatura fantástica do final do século XIX.


a liga extraordinária é formada por um grupo de personagens clássicos como Allan Quatermain (“As Minas do Rei Salomão”, de H. Rider Haggard), Mina Harker (“Drácula”, de Bram Stoker), Henry Jekyll e Edward Hyde (“Dr. Jekyll e Mr. Hyde”, de Robert Louis Stevenson), Rodney Skinner (“O Homem Invisível”, de H.G. Wells), Capitão Nemo (“20.000 Léguas Submarinas”, de Julio Verne), Dorian Gray (“O Retrato de Dorian Gray”, de Oscar Wilde), que é apenas mencionado na HQ e o vilão Moriarty, inimigo clássico de Sherlock Holmes (“The Final Problem”, de Arthur Conan Doyle) e o que não existe nos quadrinhos, é o Tom Sawyer (“As Aventuras de Tom Sawyer”, de Mark Twain) que só está no filme pela sua nacionalidade americana.


Talvez eu seja um dos poucos fãs desse filme. Esse filme só foi lançado numa época em que não foi bem aceito pela onda de filmes que rolava no momento! Com o sucesso dos VINGADORES, esse filme teria feito muito SUCESSO e chegaria a 1 bilhão, se tivesse sido lançado depois dos VINGADORES, com toda certeza.
Talvez o público não estava preparado pra isso. Os efeitos especiais não tem nada de espetacular, mas acho que na época os filmes baseados em quadrinhos ainda não tinham seu espaço, como é feito hoje.
Podemos colocar a culpa no diretor Stephen Norrington que dirigiu o primeiro "BLADE" que é muito bom, mas com seus excessos preferir explodir cenários do que em contar uma história. 

As lutas são coreografadas demais e os cenários das cidades muito perceptíveis, e CGI muito mal colocado e recursos para fazer algo melhor na época com certeza tinham. Depois que eu li o quadrinho fiz algumas comparações com o roteiro que mudou os personagens completamente. Assim Allan Quartemain não é mais um velho viciado, Mina é apenas uma vampira, e Hyde é um gorila que precisa da porção para se transformar e Dorian Gray, apenas citado nas HQs da as caras de vez. Então por causa dos americanos foi inserido o personagem Tom Sawyer de Mark Twain um clássico da literatura norte americana. 

Só pela tentativa de juntar esses personagens num filme, mesmo que tenha tido certas falhas em seus efeitos especiais valeu a pena está experiência que para mim foi muito louvável.  O filme é boa aventura cheia de ação (Até demais), mas nada de espetacular, é o "VINGADORES" da era vitoriana.

NOTA: 06

PONTO POSITIVO: A premissa da história é muito boa

PONTO NEGATIVO: História convencional sem grandes pretensões




Cicero Durães 
20/08/2015

O CONDE de MONTE CRISTO (2002) - Kevin Reynolds / Crítica


Data:

1 de maio de 2002 
(2h 11min)

Direção: 
Kevin Reynolds

Elenco: 
Jim Caviezel
Guy Pearce
Richard Harris
Luis Guzman
Michael Wincott
Henry Cavill
James Frain
Dagmara Dominczyk

Gênero: Aventura

Nacionalidade: Estados Unidos, Reino Unido, Irlanda

CONDE de MONTE CRISTO conta a história do
 jovem Edmond Dantes. Um homem que enxerga o mundo sem maldade, assim como uma criança. Seu melhor amigo, Fernand de família rica e nobre inveja a sorte e qualidades dele e por ele possuir uma linda mulher, acaba fazendo com que Dantes, um homem pobre e honesto, seja acusado de traição e assassinato, e armando assim para ficar com sua noiva. Edmond é preso por 13 anos. Durante todo esse período deseja vingança até o dia em que consegue fugir da prisão.

Este filme tem todos os elementos do livro clássico, porém renovados para o público contemporâneo. Este é o primeiro trabalho em algum tempo, que combina realismo, ação e intriga. Também apresenta um elenco de primeira linha, um diretor renomado, Kevin Reynolds, várias locações espetaculares e dramáticas sequências de aventura.


A história do filme possui algumas diferenças com a história do livro de Alexandre Dumas. O desejo de vingança cresce no personagem principal e contagia quem assiste. Aqui temos um roteiro que simplifica o enredo do livro, para tornar a história mais fácil de entender. Mas o resultado também é que a versão cinematográfica se torna direta. 

Na parede da prisão, tem uma frase esculpida na pedra, que diz: ''DEUS ME FARÁ JUSTIÇA'', que possui um sentido pesado, como se a justiça de Deus fosse a vingança. 

Uma história que envolve intriga, período histórico, planejamento de vinganças; esses são elementos que me atraem bastante a atenção. A forma como me identifiquei foi através da noção da perda da fé, e depois a redenção, para encontrar a paz outra vez. É a passagem pelo inferno para se tornar um homem melhor. 

O filme já teve duas adaptações anteriores no cinema feitos em 1934 e 1975, e essa terceira versão apesar de ter deixado a história mais dinâmica, peca por uma fotografia pobre e cenas pouco claras. O filme tem o mérito de estabelecer uma nova conexão entre 4 personagens que deixou a relação entre entre Mercedez (Dagmara Dominczyk), Albert (Henry Cavill), Edmund Dante (Jim Cazievel) e Fernand Mondego muito interessante, algo que não tem no livro, e que eu achei sensacional.

O CONDE de MONTE CRISTO é um ótimo filme que tem em sua essência todos os elementos sobre vingança, inveja, superação e amor que são reunidos numa jornada de circunstancias que acompanham a natureza humana diante das adversidades


NOTA: 9

PONTO POSITIVO: Roteiro adaptado 

PONTO NEGATIVO: Fotografia



CIcero Durães
01/07/2015

13/01/2017

INIMIGO do ORKUT (2011) - Marco Sebastian / Crítica


Data: 

14 de junho de 2011
(0h 04min 30seg)

Direção: 
Marco Sebastian

Elenco: 
Marco Sebastian
Cicero Durães

Gênero: Espionagem, Suspense

Nacionalidade: Brasil



INIMIGO do ORKUT foi feito no auge do ORKUT aqui no Brasil. Quando a rede social estava tão popular que pareceria impossível que outra dominasse esse reinado. Quando surgiu o FACEBOOK, era só questão de tempo que chegasse aqui no Brasil. O Orkut já irritava as pessoas por seus excessos de músicas, scraps e correntes mal intencionadas com spams.

Através dessa ideia conceitual o diretor Marco Sebastian fez esse curta-metragem para mostrar de forma lúdica de que nada que parece ser pra sempre, não dura mesmo. Tem sempre um peixe grande para comer outro peixe menor. E nesse caso o ORKUT perdeu a chance de ouro para consertar seus erros porque subestimou o seu concorrente. 

O filme fala de uma ameaça mundial que acaba de se alastrar para todos aqueles que utilizam a rede social. Nada parece seguro até que uma ligação é atendida, ameaçando uma contagem regressiva que pode trazer a tona informações vitais para segurança da humanidade. As medidas serão extremas para que as pessoas continuem vivendo sem saber a realidade que está por trás do sistema de manipulação de massa. Veja muito mais além da visão.

NOTA: Substancial

PONTO POSITIVO: Boas ideias num espaço curto

PONTO NEGATIVO: Aprofundamento no roteiro



Cicero Durães
30/09/2015