Mostrando postagens com marcador FILMES. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador FILMES. Mostrar todas as postagens

14/04/2017

PAIXÃO de CRISTO (2004) - Mel Gibson / Crítica


Data: 
19 de março de 2004
(2h 07min)

Direção:
Mel Gibson

Elenco:
Jim Cazievel
Monica Bellucci
Maia Morgenstern
Christo Jivkov
Hristo Shopov
Mattia Sbragia
Luca Lionello
Claudia Gerini

Gênero: Histórico, Drama, Gospel

Nacionalidade: Estados Unidos


Por volta do ano 30 D.C, um obscuro carpinteiro judeu chamado Jesus de Nazaré começou a pregar em público e a proclamar, na província romana da Palestina, a vinda de um "Reino de Deus".
O filme “A Paixão de Cristo”, de longe a melhor produção sobre Jesus Cristo no cinema. 

Sua fidelidade ao que dizem os quatro Evan­gelhos, a ousadia de se recriar os diálogos nas línguas que eram faladas à época e o (hiper)realismo das cenas são de um valor ímpar na história da indústria cinematográfica.

O título do filme (PAIXÃO de CRISTO) pode confundir, visto que a palavra “paixão” em geral carrega uma carga positiva. Paixão, do latim passio, refere-se a “sofrimento”, “sofrer”. Só muitos séculos depois, “paixão” passou também a designar desejo, apreço e adoração. 

Para o grande público que assistiu ao filme ficaram várias lições, entre as quais a mais valiosa, sem dúvida alguma, foi a de que para se atingir a redenção, temos que mostrar a outra face, carregar muitas cruzes, sofrer com violentas chibatadas e críticas para, afinal, subir aos céus. 

Em uma das cenas (um dos muitos flashbacks curtos que relembram passagens importantes da vida de Cristo) mostra como Jesus livrou Maria Madalena do apedrejamento. Nos dois últimos casos, nenhuma palavra é pronunciada. Comunicar sem o uso de palavras é algo que comprova a habilidade de um diretor.

Acredito que o diretor, como cristão, quis mostrar o amor de Deus pela humanidade. Como fez isso? Relembrando-nos que ninguém sofreu como Cristo. E que Ele quis sofrer para nos redimir. Acredito que para quem não crê em Jesus, quem não crê que Ele nos redimiu, o filme é apenas um banho de sangue sem sentido. Para quem crê, porém, é um chamado à meditação. Faz com que nos consolemos com as nossas cruzes.

Deixo pra vocês um versículo que pode ser aplicado a tudo que aconteceu, até o final arrebatador que trás de certa forma um alívio por tudo que aconteceu nessa jornada do messias, o salvador do mundo.

Em Mateus 28:6-7 "Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Venham ver o lugar onde ele jazia. Vão depressa e digam aos discípulos dele: Ele ressuscitou dentre os mortos e está indo adiante de vocês para a Galileia. Lá vocês o verão. Notem que eu já os avisei”.

NOTA: 10

PRÓS: Linguagem cênica

CONTRAS: Nada consta

Cicero Durães
10/12/2016

08/02/2017

STREET FIGHTER: A Última Batalha (1994) - Steven E. de Souza / Crítica



Data:
19 de setembro de 1995
(1h 42min)

Direção:
Steven E. de Souza

Elenco:
Jean-Claude Van Damme

Raul Julia
Byron Mann
Damian Chapa
Ming-Na Wen
Kylie Minogue
Simon Callow
Roshan Seth
Andrew Bryniarski
Grand L. Bush
Robert Mammone
Miguel A. Núñez Jr
Gregg Rainwater
Kenya Sawada
Jay Tavare
Peter Navy Tuiasosopo
Wes Studi
Gerry Day
Sander Vanocur
Adrian Cronauer
David Green

Gênero: Videogame, Ação

Nacionalidade: Estados Unidos



STREET FIGHTER - A Batalha Final é uma adaptação live action de um jogo de luta da CAPCOM  muito famoso nos anos 90, que apesar de ter faturado bem nos cinemas, foi um fracasso de crítica. Eu adora jogar sempre depois das aulas e gastei muitas fichas no fliperama. Apesar de um bom tempo sem concorrência nos arcades, as máquinas de fliperama da Capcom conseguiram fazer mais sucesso inicialmente aqui no Brasil. 

Considere esse filme uma paródia porque tudo foi uma adaptação que alterou o enredo do jogo original e as motivações dos personagens de Street Fighter ficaram bem estranhas. Sem contar os momentos bizarros de comédia pastelão. A minha expectativa de ver a história do jogo conforme eu conhecia e sem alterar nada foi frustrante. O desconhecido diretor Steven E. de Souza, o achou melhor mudar coisas significativas da trama do jogo. 

Entre elas o protagonista agora é o Guile, vivido pelo astro Jean Claude Van Damme sendo que no jogo sempre foi a dupla Ken e Ryu que nesse filme aqui são meros patetas trapaceiros. Tornaram o imponente Sagat vivido pelo ator Wes Studi (Magua do ÚLTIMO dos MOICANOS) em um velho traficante sem graça. Zangief é um brucutu burro que pelo menos em relação ao personagem do jogo muito parecido. Dhalsim feito pelo ator Rosha Seth (Chattar Lal de INDIANA JONES e o TEMPLO da PERDIÇÃO) que era parecido com o Gandhi vira um cientista mequetrefe; e o Honda deixa de ser japonês para virar um havaiano. E o brasileiro Blanka é um soldado que passa por experimentos para se tornar um Hulk com anemia. 

O elenco tem poucos conhecidos. Além do Jean Claude Van-Damme, tem a cantora Kylie Minogue fazendo o papel da Cammy. (Sem maio enfiado no rabo)
e o renomado Raul Julia (Gomez Adams da família Adams) fazendo o vilão Bison que é um dos poucos que teve seu personagem condizente com o jogo.

Apesar de fazer um ditador bem caricato o personagem lhe rendeu uma merecida indicação ao Saturn Awards em 1995, como ator coadjuvante. Na época estava sofrendo de câncer de estômago e morreu 2 meses antes de estrear o filme. Ele só aceitou fazer o papel a pedido de seus dois filhos. 

O filme faz um bom fan service pra quem conhece o jogo. O que não falta aqui são referências,  Jean Claude caracterizou o cabelo de vassoura (Apesar de ser vermelho). Executou muito bem o famoso golpe de Guile, o "Flash Kick" conhecido por muitos aqui no Brasil como "Gilete". O lado bom disso é que os fãs saem satisfeitos como todos os 16 personagens do game SUPER STREET FIGHTER II, (Menos Fei Long) foram encaixados na história. 

STREET FIGHTER - A Batalha Final fez um inesperado sucesso de bilheteria pelo mundo, porém, criou um filme usando o universo do jogo, mas sem relação com o mesmo. Resultado: Uma das piores adaptações de games para os cinemas. Uma história infantiloide com personagens zoados com originalidade perdida. A péssima recepção fez com que uma sequência nunca saísse do papel (GRaças a Deus). O diretor nunca mais foi visto, Jean-Claude Van Damme deu uma caída em sua carreira depois desse filme. (Deve ser por isso que ele não quis fazer Johnny Cage no filme MORTAL KOMBAT). 


NOTA: 1

PONTO POSITIVO: Referencias e o sacrifício de Raul pelos filhos.

PONTO NEGATIVO: Falta de originalidade e enredo cheio de inserções cômicas retardadas.



CIcero Durães
27/01/2017  

21/01/2017

TRIPLO X: REATIVADO - O Retorno de Xander Cage


Data:

19 de janeiro de 2017 
(1h 47min)

Direção: 
D.J. Caruso

Elenco: 
Vin Diesel
Donnie Yen
Samuel L. Jackson
Deepika Padukone
Tonny Jaa
Kris Wu
Ruby Rose
Nina Dobrev
Rory McCann
Neymar

Gênero: Ação, Espionagem

Nacionalidade: Estados Unidos


No primeiro Triplo X” é apresentado ao atleta de esportes radicais Xander Cage (Vin Diesel), um criminoso viciado em adrenalina que é recrutado por Augustus Gibbons (Samuel L. Jackson) para uma programa especial de espionagem. 


Já no segundo filme o escolhido é Darius Stone (Ice Cube), um condecorado soldado de Operações Especiais que está atualmente em uma prisão militar, sob pesada vigilância. Após fugir da prisão, o novo agente Triplo X precisa evitar que o país sofra um golpe de estado.

Neste terceiro filme da franquia – “xXx Reativado” Xander volta a para a NSA (Agência secreta de espionagem) depois que um dispositivo com o poder de controlar qualquer satélite no mundo, a Caixa de Pandora, é roubado. (Sério)

Apesar de cenas bem feitas com o mesmo padrão do primeiro filme, o longa é cheio de cenas improváveis. Saltos sem paraquedas, a surfe com motos. O que não deixa o filme totalmente previsível são os personagens. Com certeza o ponto alto da produção. 

O roteiro cria situações absurdas dentro da trama para que a ação não caia em nenhum momento na tela e ainda faz disso algo visualmente extraordinário para quem gosta de ação, em alguns pontos fiquei rindo de algumas cenas de luta. Principalmente a que se refere do Xander contra o vilão do filme. (Vin Diesel conseguir bater no Donnie Yen, já é demais).

Tudo nesse filme é uma paródia dentro da paródia sobre filmes de espionagem que não se deve levar muito a sério, você percebe isso nas constantes frases de efeitos cafonas do Vin Diesel, o elenco parece levar isso como uma diversão sem grandes pretensões. Desperdício de talento é usar Donnie Yen como vilão e não aproveitar o potencial de luta desse cara. Percebi que ele é um dos poucos que tenta levar a sério um material tão despretensioso.

TRIPLO X REATIVADO possui até bons elementos de entretenimento, mas com uma história muito batida e que deixa a desejar. Desligue o cérebro e aproveite e saia do cinema como se nada tivesse acontecido.


NOTA: 3

PONTO POSITIVO: Personagem Xiang feito pelo Donnie Yen
PONTO NEGATIVO: Roteiro previsível e cheio de clichês


Cicero Durães
20/01/2016

15/01/2017

O CONDE de MONTE CRISTO (2002) - Kevin Reynolds / Crítica


Data:

1 de maio de 2002 
(2h 11min)

Direção: 
Kevin Reynolds

Elenco: 
Jim Caviezel
Guy Pearce
Richard Harris
Luis Guzman
Michael Wincott
Henry Cavill
James Frain
Dagmara Dominczyk

Gênero: Aventura

Nacionalidade: Estados Unidos, Reino Unido, Irlanda

CONDE de MONTE CRISTO conta a história do
 jovem Edmond Dantes. Um homem que enxerga o mundo sem maldade, assim como uma criança. Seu melhor amigo, Fernand de família rica e nobre inveja a sorte e qualidades dele e por ele possuir uma linda mulher, acaba fazendo com que Dantes, um homem pobre e honesto, seja acusado de traição e assassinato, e armando assim para ficar com sua noiva. Edmond é preso por 13 anos. Durante todo esse período deseja vingança até o dia em que consegue fugir da prisão.

Este filme tem todos os elementos do livro clássico, porém renovados para o público contemporâneo. Este é o primeiro trabalho em algum tempo, que combina realismo, ação e intriga. Também apresenta um elenco de primeira linha, um diretor renomado, Kevin Reynolds, várias locações espetaculares e dramáticas sequências de aventura.


A história do filme possui algumas diferenças com a história do livro de Alexandre Dumas. O desejo de vingança cresce no personagem principal e contagia quem assiste. Aqui temos um roteiro que simplifica o enredo do livro, para tornar a história mais fácil de entender. Mas o resultado também é que a versão cinematográfica se torna direta. 

Na parede da prisão, tem uma frase esculpida na pedra, que diz: ''DEUS ME FARÁ JUSTIÇA'', que possui um sentido pesado, como se a justiça de Deus fosse a vingança. 

Uma história que envolve intriga, período histórico, planejamento de vinganças; esses são elementos que me atraem bastante a atenção. A forma como me identifiquei foi através da noção da perda da fé, e depois a redenção, para encontrar a paz outra vez. É a passagem pelo inferno para se tornar um homem melhor. 

O filme já teve duas adaptações anteriores no cinema feitos em 1934 e 1975, e essa terceira versão apesar de ter deixado a história mais dinâmica, peca por uma fotografia pobre e cenas pouco claras. O filme tem o mérito de estabelecer uma nova conexão entre 4 personagens que deixou a relação entre entre Mercedez (Dagmara Dominczyk), Albert (Henry Cavill), Edmund Dante (Jim Cazievel) e Fernand Mondego muito interessante, algo que não tem no livro, e que eu achei sensacional.

O CONDE de MONTE CRISTO é um ótimo filme que tem em sua essência todos os elementos sobre vingança, inveja, superação e amor que são reunidos numa jornada de circunstancias que acompanham a natureza humana diante das adversidades


NOTA: 9

PONTO POSITIVO: Roteiro adaptado 

PONTO NEGATIVO: Fotografia



CIcero Durães
01/07/2015