24/02/2017

WOLVERINE ORIGENS (2009) - Gavin Hood / Crítica


Data:

30 de abril de 2009 
(1h 45min)

Direção: 
Gavin Hood

Elenco:
Hugh Jackman
Danny Huston
Taylor Kitsch
Ryan Reynolds
Liev Schreiber
Will.I.Am
Scott Adkins
Patrick Stewart

Gênero: Ficção científica, Quadrinhos

Nacionalidade: Estados Unidos



WOLVERINE ORIGENS poderia ser considerado um prelúdio dos 3 primeiros X-MENS, focando-se no passado confuso do mutante Wolverine que foi  simplificado para ser mais fácil um público maior entender. Em resumo, esse possui coisas da história original, mas com mudanças convenientes e até oportunistas. 

O filme que tem uma historia razoável,  mas cheia de furos que vão sendo preenchido com o desenrolar da trama. Cenas que são fora da logica de X-Men como por exemplo, Logan ser irmão do Dentes de Sabre, sabendo que no primeiro filmes da franquia X-Men eles nem se conheciam.  pois o Dentes e a outra é o professor Xavier andando normalmente sendo que ele fica paraplégico durante o período da Guerra Fria no filme "X-MEN PRIMEIRA CLASSE". E Gambit que nunca teve nada a ver com o passado de Logan, teve uma aparição forçada e com uma motivação bem fraca.

Hugh Jackman faz uma otima atuação. Sem comentários, o personagem vai ser eterno na pele dele. O ator australiano foi chamado para interpretar o personagem no primeiro X-MEN de 1999 e que seria a guinada de sua carreira. Fez um teste para o papel, que acabou nas mãos de Dougray Scott (o vilão de “Missão Impossível 2”). Só que este último sofreu um deslocamento no ombro, que deu a sorte grande ao ator bem deconhecido na época.

O diretor escalado foi Gavin Hood, que ganhou Oscar de Filme Estrangeiro por “Infância Roubada”, fez um bom trabalho. O ritmo da edição resultou num longa de aventura que se desenrola sem delongas, o que garante um filme dinâmico de ação, que chega a ser exagerado em alguns pontos.

As intervenções do estúdio são bem aparentes na montagem do filme, pois passou por refilmagens depois do término das gravações. Por isso, é quase impossível julgá-lo através deste filme, pois não se trata de uma obra nem um pouco autoral.

Talvez numa tentativa de agradar fãs da quadrinhos que queriam ver determinado personagem que ainda não apareceu em filmes anteriores, optou-se por encher de mutantes que deixaram a trama muito inchada de subtramas que não acrescentam em nada na origem do WOLVERINE. nada acrescenta a trama. 

o roteiro pouco inspirado de David Benioff e Skip Woods desperdiçou o potencial do ator e prejudicou o desenvolvimento da trama. Como uma história de origem, se passando antes dos eventos narrados na trilogia original, 

X-Men Origens: Wolverine tem elementos conhecidos do universo mutante, mas é um passo atrás por conta das falhas de seu enredo. Que apesar dos esforços de Hugh Jackman em sua notável caracterização como Wolverine, ele foi prejudicado por tirar o foco do personagem principal.

NOTA: 4

PONTO POSITIVO:
- Hugh Jackman como Wolverine

PONTO NEGATIVO:
-  Excesso de personagens na trama


Cicero Durães
24/02/2017

08/02/2017

STREET FIGHTER: A Última Batalha (1994) - Steven E. de Souza / Crítica



Data:
19 de setembro de 1995
(1h 42min)

Direção:
Steven E. de Souza

Elenco:
Jean-Claude Van Damme

Raul Julia
Byron Mann
Damian Chapa
Ming-Na Wen
Kylie Minogue
Simon Callow
Roshan Seth
Andrew Bryniarski
Grand L. Bush
Robert Mammone
Miguel A. Núñez Jr
Gregg Rainwater
Kenya Sawada
Jay Tavare
Peter Navy Tuiasosopo
Wes Studi
Gerry Day
Sander Vanocur
Adrian Cronauer
David Green

Gênero: Videogame, Ação

Nacionalidade: Estados Unidos



STREET FIGHTER - A Batalha Final é uma adaptação live action de um jogo de luta da CAPCOM  muito famoso nos anos 90, que apesar de ter faturado bem nos cinemas, foi um fracasso de crítica. Eu adora jogar sempre depois das aulas e gastei muitas fichas no fliperama. Apesar de um bom tempo sem concorrência nos arcades, as máquinas de fliperama da Capcom conseguiram fazer mais sucesso inicialmente aqui no Brasil. 

Considere esse filme uma paródia porque tudo foi uma adaptação que alterou o enredo do jogo original e as motivações dos personagens de Street Fighter ficaram bem estranhas. Sem contar os momentos bizarros de comédia pastelão. A minha expectativa de ver a história do jogo conforme eu conhecia e sem alterar nada foi frustrante. O desconhecido diretor Steven E. de Souza, o achou melhor mudar coisas significativas da trama do jogo. 

Entre elas o protagonista agora é o Guile, vivido pelo astro Jean Claude Van Damme sendo que no jogo sempre foi a dupla Ken e Ryu que nesse filme aqui são meros patetas trapaceiros. Tornaram o imponente Sagat vivido pelo ator Wes Studi (Magua do ÚLTIMO dos MOICANOS) em um velho traficante sem graça. Zangief é um brucutu burro que pelo menos em relação ao personagem do jogo muito parecido. Dhalsim feito pelo ator Rosha Seth (Chattar Lal de INDIANA JONES e o TEMPLO da PERDIÇÃO) que era parecido com o Gandhi vira um cientista mequetrefe; e o Honda deixa de ser japonês para virar um havaiano. E o brasileiro Blanka é um soldado que passa por experimentos para se tornar um Hulk com anemia. 

O elenco tem poucos conhecidos. Além do Jean Claude Van-Damme, tem a cantora Kylie Minogue fazendo o papel da Cammy. (Sem maio enfiado no rabo)
e o renomado Raul Julia (Gomez Adams da família Adams) fazendo o vilão Bison que é um dos poucos que teve seu personagem condizente com o jogo.

Apesar de fazer um ditador bem caricato o personagem lhe rendeu uma merecida indicação ao Saturn Awards em 1995, como ator coadjuvante. Na época estava sofrendo de câncer de estômago e morreu 2 meses antes de estrear o filme. Ele só aceitou fazer o papel a pedido de seus dois filhos. 

O filme faz um bom fan service pra quem conhece o jogo. O que não falta aqui são referências,  Jean Claude caracterizou o cabelo de vassoura (Apesar de ser vermelho). Executou muito bem o famoso golpe de Guile, o "Flash Kick" conhecido por muitos aqui no Brasil como "Gilete". O lado bom disso é que os fãs saem satisfeitos como todos os 16 personagens do game SUPER STREET FIGHTER II, (Menos Fei Long) foram encaixados na história. 

STREET FIGHTER - A Batalha Final fez um inesperado sucesso de bilheteria pelo mundo, porém, criou um filme usando o universo do jogo, mas sem relação com o mesmo. Resultado: Uma das piores adaptações de games para os cinemas. Uma história infantiloide com personagens zoados com originalidade perdida. A péssima recepção fez com que uma sequência nunca saísse do papel (GRaças a Deus). O diretor nunca mais foi visto, Jean-Claude Van Damme deu uma caída em sua carreira depois desse filme. (Deve ser por isso que ele não quis fazer Johnny Cage no filme MORTAL KOMBAT). 


NOTA: 1

PONTO POSITIVO: Referencias e o sacrifício de Raul pelos filhos.

PONTO NEGATIVO: Falta de originalidade e enredo cheio de inserções cômicas retardadas.



CIcero Durães
27/01/2017  

05/02/2017

O CHAMADO 3 (2017) - F. Javier Gutiérrez / Crítica


Data: 

2 de fevereiro de 2017 
(1h 42min)

Direção: 
F. Javier Gutiérrez

Elenco:
Matilda Lutz
Alex Roe
Vincent D'Onofrio
Johnny Galecki
Aimee Teegarden
Laura Wiggins
Bonnie Morgan


Gênero: Terror

Nacionalidade: Estados Unidos


O CHAMADO 3 continua como sempre; nunca foi um dos melhores filmes do terror pra começo de conversa. Mesmo agregado de elementos muito memoráveis, a fita vhs, o poço, e os cabelos tapando a cara de Samara. A história sempre foi um encontro de de situações que nunca se complementam ou se explicam.


O cinema japonês em 2002, que estava em ascensão com filmes de terror de grande sucesso. E foi uma chuva de adaptações desses filmes para os cinemas americanos. O diretor de PIRATAS no CARIBE, Gore Verbinski comandou o primeiro filme da trilogia.

‘O Chamado 2‘ foi feito em 2005 comandado pelo mesmo diretor do filme original japonês,  Hideo Nakata, . A sequência foi feita na correria com um roteiro entediante, que acabou enterrando a franquia após uma bilheteria aquém do esperado (arrecadou apenas US$ 161 milhões mundialmente).

O Chamado 3 acaba entrando no clichê de sempre: um antagonista que no fundo não é tão mal assim. Além desse imenso problema de argumento, também incomoda o fato do vídeo assassino ter se tornado um objeto de estudo para algumas pessoas. Isso fez com que todo o ar sombrio e misterioso da lenda que assombra a mitologia da franquia, perdesse força.

Se passaram então doze anos e os restos mortais de Samara encontrados no segundo filme, não adiantaram de nada e a sensação foi de tempo perdido, afinal a justificativa da sua volta não convence muito. 

Agora acompanhamos a jovem Julia (Matilda Lutz) que após o sumiço de seu namorado Holt (Alex Roe), descobre que ele está envolvido com um vídeo amaldiçoado que, depois de assistido, te mata em 7 dias. Decidida a se sacrificar pelo seu companheiro, ela resolve assistir o vídeo e, com a ajuda de Gabriel (Johnny Galecki, O Leonard de Bing Bang, a Teoria), Julia descobre a existência de um outro filme escondido dentro do vídeo. É sério, WTF???

A primeira cena que lembra muito o filme PREMONIÇÃO é desnecessária e medonha, mas não de susto, e sim de qualidade. Mal feita, sem nexo e com diálogos que um ser humano normal jamais diria numa situação de perigo eminente que causam por incrível que pareça risos. 

O maior erro desse filme, e não ter nenhum personagem dos outros dois filmes, Naomi Watts era pra estar nesse filme de alguma forma mais direta, mas percebe-se que o diretor F. Javier Gutiérrez está disfarçando essa sequência de REBOOT.

E o melhor personagem aqui é do ótimo ator de Vicent D`Onofrio, (Wilson Fisk de DEMOLIDOR) mas mal desenvolvido, e que poderia deixar o filme mais interessante se soubessem aproveitar seu empenho.

O CHAMADO 3 é facilmente o pior dos três filmes até aqui, com muito do que representa sendo deixado de lado e com a inserção de personagens chatos e desinteressantes, que nada adicionam. O final do filme pode representar que teremos mais versões pela frente, mas a impressão que o terceiro longa deixa é que nada será mais como antes, principalmente em termos de qualidade.

NOTA: 3

PONTO POSITIVO: Atmosfera do filme
PONTO NEGATIVO: Roteiro preguiçoso e diálogos sem sentido

Cicero Durães
05/02/2017

01/02/2017

À ESPERA de UM MILAGRE (1999) - Frank Darabont / Crítica


Data:

10 de março de 2000 
(3h 09min)

Direção: 
Frank Darabont

Elenco: 
Tom Hanks
Michael Clarke Duncan
David Morse
Sam Rockwell
James Cromwell
Gary Sinise
Michael Jeter
Graham Greene


Gênero: Drama

Nacionalidade Estados Unidos


À ESPERA DE UM MILAGRE conta a história de John Coffey, que é um homem negro gigante que assusta pela aparência grotesca, mas que no fundo é ingênuo e gentil com as pessoas. Ele tem o poder sobrenatural de curar qualquer tipo de enfermidade. Acusado injustamente de ter matado 2 crianças, ele é preso e condenado a morte. Mas na mediada que o tempo vai passando, o guarda da penitenciaria Paul Edgecomb vai percebendo a bondade no homenzarrão que o deixa em dúvida sobre sua condenação.


Um dos grandes segredos do sucesso desse filme está no seu desenvolvimento de personagens, conduzido com cuidado e sem nenhuma pressa. Mesmo que torne o filme mais extenso do que deveria. O roteiro nos coloca do outro lado do corredor da morte, nos fazendo sentir o peso das horas findas que se aproximam cada vez mais daquelas pessoas do fim. Ao longo da narrativa, nos tornamos tão próximos daquelas pessoas que praticamente somos confidentes de seus pensamentos angustiados mesmo dentro de um ambiente tão fúnebre.

É um filme impactante que sabe mostrar o nível da bondade no ser humano, usando o lado mal para enfatizar isso. Os quatro guardas do corredor da morte são pessoas extremamente boas, mas sempre tem um que gosta de ser o vilão, e esse consegue despertar uma indignação forte no espectador. Afinal de contas, estamos falando sobre uma pessoa que pratica o bem, policiais do bem e um policial que decide ser carrasco.

Preparem-se para um bombardeio de emoções, quase todas provocadas pela simplicidade e pela infantilidade de Coffey, brilhantemente interpretado por Michael Clarke Duncan. Devo destacar também a importância do apoio de Tom Hanks, uma vez que ele era o líder natural.

A dobradinha feita pelo escritor Stephen King e o diretor Frank Darabont já feita em outra obra que é UM SONHO de LIBERDADE mostra as qualidades já ressaltadas quando o filme concorreu a quatro Oscars: Melhor Ator Coadjuvante, Michael Clark Duncan, Melhor Som, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor filme. 


À ESPERA DE UM MILAGRE é muito mais do que um filme sobre prisão, é um filme emocionante que consegue nos trazer reflexões do que é ser ético ou conivente com determinadas decisões na vida. De extrema simplicidade na sua história de mocinhos e vilões, tudo desde o início parece ser extremamente definido. Um dos poucos filmes que me levou ás lágrimas em seu desfecho. Uma adaptação do livro de Stephen King que foi muito bem executada no cinema.

NOTA: 09

PONTO POSITIVO: Desenvolvimento de personagens 


PONTO NEGATIVO: Final longo demais

Cicero Durães
20/01/2015