14/06/2017

MULHER-MARAVILHA (2017) - Patty Jenkins / Crítica


Data: 

1 de junho de 2017 
(2h 21min)

Direção: Patty Jenkins

Elenco: 
Gal Gadot
Chris Pine
Connie Nielsen
Robin Wright
Danny Huston
Elena Anaya
Lucy Davis


Gênero: Ação, Aventura, Quadrinhos

Nacionalidade: Estados Unidos

É o primeiro filme das mais importantes personagens dos quadrinhos, juntamente com o Superman e Batman já faz parte do imaginário da cultura pop. Mulher-Maravilha por se tratar de uma super-heroína com mais de 76 anos de história, a produção se permitiu contextualizar a aventura solo como um filme de época e esse foi sem dúvida um bom acerto.

Outro acerto foi não cometer os mesmos erros de produções anteriores como Batman vs. Superman e Esquadrão Suicida. Fazendo que o longa fique dinâmico  numa história simples e sem muitas firulas, com diálogos bem humorados (sem os exagers forçados da Marvel) que ocorrem de forma bem natural, e um romance bacana, mas que em nenhum momento tira o foco da protagonista.

É muito interessante ver uma mulher dirigindo um blockbuster que tem como personagem principal uma mulher. Escolher Patty Jankins, que só tinha feito Monster - Desejo Assassino (2003) deixou tudo num lugar comum.  E para um filme da nossa musa heróina era mais do que preciso. (Nada de feminismo, e sim, da graça de todo esse universo feminino.)

As cenas de ação tem uma sincronia estética muito bonitas, mesmo sendo ensaiadas para ser assim. Mas nota-se um dedo do Zack Snyder nessas cenas, mas Jenkins equilibra muito bem isso com leveza e sendo brutal no momento certo.

Gal Gadot desde BATMAN VS SUPERMAN me surpreendeu bastante. Aqui ela tá muito bem com Diana Prince/Mulher-Maravilha, não é a melhor atriz do mundo quando requer algo a mais, mas ele é bem cativante e isso agrega muito no que ela faz.

Chris Pine o Capitão Kirk que STAR TREK faz o grande amor da Mulher-Maravilha, ele é um espião da segunda guerra pelos Estados Unidos e tem uma química muito boa com a Diana.

Lucy Davis de TODO MUNDO QUASE MORTO faz o alivio cômico, mas aparece muito pouco.

Davi Trewlis o eterno Remo Lupin de Harry Potter faz um cara que meio que ajuda o Steven Trevor nessa guerra.

A mãe da Mulher-Maravilha, a Rainha Hipólita feita pela Connie Nielsen que 
governa da ilha. Presença forte e determinada. Ela já fez também bem bacanas como ADVOGADO do DIABO e BRILHO da VIDA

Robin Wright, feita pela eterna Jenny de Forrest Gump faz a Antíope a chefe da guarda das amazonas. Enquanto uma tenta segurar Diana para o mundo a outra incentiva ela assumir sua missão como amazona.

Danny Huston repete um pouco o que ele fez em WOLVERINE ORIGENS que é um vilão genérico com motivação convencional.

Helena Anaya que fez A PELE QUE HÁBITO faz uma vilã que me lembrou muito o Fantasma da Opera que adora jogar umas fumaças

Mas o plot sobre o vilão Ares, não chegou a me surpreender muito, achei até mais ou menos. 


A fotografia do filme é uma característica que distigue bem o tom do filme em duas partes, emThemyscira é mostrada como um paraíso, repleto de belas paisagens e governado só por mulheres, e a outra mostra uma Londres mais suja por causa dos horrores da guerra, com um tom mais sombrio (Sem exageros visuais) dando contraste que ajuda muito no clima do filme. 

MULHER-MARAVILHA até agora pode ser considerado o melhor filme do universo compartilhado da DC, mesmo tendo todos os clichês, tem um bom enredo numa boa dose de humor, ação e aventura.



NOTA: 9


PRÓS: Narrativa, fotografia e Gal Gadot que calou a minha boca fazendo a Mulher-Maravilha. Antes dela, minha torcida era para Gina Carano.


CONTRAS: Cenas de ação muito coreografadas, e a luta final que repete tudo que eu já vi antes em Batman vs Superman


Cicero Durães
14/06/2017


14/04/2017

PAIXÃO de CRISTO (2004) - Mel Gibson / Crítica


Data: 
19 de março de 2004
(2h 07min)

Direção:
Mel Gibson

Elenco:
Jim Cazievel
Monica Bellucci
Maia Morgenstern
Christo Jivkov
Hristo Shopov
Mattia Sbragia
Luca Lionello
Claudia Gerini

Gênero: Histórico, Drama, Gospel

Nacionalidade: Estados Unidos


Por volta do ano 30 D.C, um obscuro carpinteiro judeu chamado Jesus de Nazaré começou a pregar em público e a proclamar, na província romana da Palestina, a vinda de um "Reino de Deus".
O filme “A Paixão de Cristo”, de longe a melhor produção sobre Jesus Cristo no cinema. 

Sua fidelidade ao que dizem os quatro Evan­gelhos, a ousadia de se recriar os diálogos nas línguas que eram faladas à época e o (hiper)realismo das cenas são de um valor ímpar na história da indústria cinematográfica.

O título do filme (PAIXÃO de CRISTO) pode confundir, visto que a palavra “paixão” em geral carrega uma carga positiva. Paixão, do latim passio, refere-se a “sofrimento”, “sofrer”. Só muitos séculos depois, “paixão” passou também a designar desejo, apreço e adoração. 

Para o grande público que assistiu ao filme ficaram várias lições, entre as quais a mais valiosa, sem dúvida alguma, foi a de que para se atingir a redenção, temos que mostrar a outra face, carregar muitas cruzes, sofrer com violentas chibatadas e críticas para, afinal, subir aos céus. 

Em uma das cenas (um dos muitos flashbacks curtos que relembram passagens importantes da vida de Cristo) mostra como Jesus livrou Maria Madalena do apedrejamento. Nos dois últimos casos, nenhuma palavra é pronunciada. Comunicar sem o uso de palavras é algo que comprova a habilidade de um diretor.

Acredito que o diretor, como cristão, quis mostrar o amor de Deus pela humanidade. Como fez isso? Relembrando-nos que ninguém sofreu como Cristo. E que Ele quis sofrer para nos redimir. Acredito que para quem não crê em Jesus, quem não crê que Ele nos redimiu, o filme é apenas um banho de sangue sem sentido. Para quem crê, porém, é um chamado à meditação. Faz com que nos consolemos com as nossas cruzes.

Deixo pra vocês um versículo que pode ser aplicado a tudo que aconteceu, até o final arrebatador que trás de certa forma um alívio por tudo que aconteceu nessa jornada do messias, o salvador do mundo.

Em Mateus 28:6-7 "Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Venham ver o lugar onde ele jazia. Vão depressa e digam aos discípulos dele: Ele ressuscitou dentre os mortos e está indo adiante de vocês para a Galileia. Lá vocês o verão. Notem que eu já os avisei”.

NOTA: 10

PRÓS: Linguagem cênica

CONTRAS: Nada consta

Cicero Durães
10/12/2016

01/03/2017

PASSAGEIROS (2017) - Morten Tyldum / Crítica

PASSAGEIROS aborda hibernação em longas viagens espaciais, espaçonave inteligente que apresenta problemas e dois protagonistas aprisionados nesta nave lutando para viver. Um casal que despertou 90 anos antes do previsto durante uma viagem intergaláctica.

O filme tem um começo interessante, todo a produção está muito caprichada e torna a nave Avalon, que transporta os personagens, crível e imersiva. Ao despertar, Jim Preston (Chris Pratt) demora para entender sua situação. Até perceber que foi, aparentemente, o único a sair da hibernação induzida. Jim, então, tenta de todas as formas voltar a hibernar em sua capsula ou alertar alguém sobre o problema, mas não tem exito.


Por outro lado, a questão visual é muito boa, tanto a direção do norueguês Morten Tyldum, que dirigiu JOGO da IMITAÇÃO e também uma fotografia com elementos extraordinários em sua composição, cenários, efeitos e maquiagens estão bem feitos.

Por isso o filme começa bem, explorando esse visual e os efeitos psicológicos da solidão em Jim, mas conforme a trama se desenvolve, dando ao longa pontos positivos no quesito “entretenimento básico”. O previsível romance só serve como pretexto pra juntar o personagem do Chris Patt a Jennifer Lawrence que faz a Aurora.

Os efeitos especiais estão na medida. Não apenas para impressionar, mas também para deixar nos dentro das cenas de aflições dos personagens. O filme nos transporta para uma empatia a parte em relação ao casal em sua solidão no espaço sideral. Nos fazendo importar em todos os momentos que eles estão passando.


As atuações são ótimas, como já era de esperar. Chris e Jennifer têm uma química muito boa, demonstrando muito carisma em todo o filme. O filme não faz muito pelo casal. E a participação de Michael Sheen vai te lembrar uma cena do filme "O ILUMINADO" de Stanley Kubrick, alias tem muita coisa nesse filme, que se remete ao "2001: Uma Odisseia no Espaço.


PASSAGEIROS é um entretenimento moderado, mas que não se arrisca muito. Entrega na prática uma roteiro convencional que anula a importância daquele momento até então tão crucial.


NOTA: 7


Ponto positivo:
- Os protagonistas, e o conceito visual


Ponto negativo:
- Final um pouco previsível



Cicero Duraes

07/01/2017

24/02/2017

WOLVERINE ORIGENS (2009) - Gavin Hood / Crítica


Data:

30 de abril de 2009 
(1h 45min)

Direção: 
Gavin Hood

Elenco:
Hugh Jackman
Danny Huston
Taylor Kitsch
Ryan Reynolds
Liev Schreiber
Will.I.Am
Scott Adkins
Patrick Stewart

Gênero: Ficção científica, Quadrinhos

Nacionalidade: Estados Unidos



WOLVERINE ORIGENS poderia ser considerado um prelúdio dos 3 primeiros X-MENS, focando-se no passado confuso do mutante Wolverine que foi  simplificado para ser mais fácil um público maior entender. Em resumo, esse possui coisas da história original, mas com mudanças convenientes e até oportunistas. 

O filme que tem uma historia razoável,  mas cheia de furos que vão sendo preenchido com o desenrolar da trama. Cenas que são fora da logica de X-Men como por exemplo, Logan ser irmão do Dentes de Sabre, sabendo que no primeiro filmes da franquia X-Men eles nem se conheciam.  pois o Dentes e a outra é o professor Xavier andando normalmente sendo que ele fica paraplégico durante o período da Guerra Fria no filme "X-MEN PRIMEIRA CLASSE". E Gambit que nunca teve nada a ver com o passado de Logan, teve uma aparição forçada e com uma motivação bem fraca.

Hugh Jackman faz uma otima atuação. Sem comentários, o personagem vai ser eterno na pele dele. O ator australiano foi chamado para interpretar o personagem no primeiro X-MEN de 1999 e que seria a guinada de sua carreira. Fez um teste para o papel, que acabou nas mãos de Dougray Scott (o vilão de “Missão Impossível 2”). Só que este último sofreu um deslocamento no ombro, que deu a sorte grande ao ator bem deconhecido na época.

O diretor escalado foi Gavin Hood, que ganhou Oscar de Filme Estrangeiro por “Infância Roubada”, fez um bom trabalho. O ritmo da edição resultou num longa de aventura que se desenrola sem delongas, o que garante um filme dinâmico de ação, que chega a ser exagerado em alguns pontos.

As intervenções do estúdio são bem aparentes na montagem do filme, pois passou por refilmagens depois do término das gravações. Por isso, é quase impossível julgá-lo através deste filme, pois não se trata de uma obra nem um pouco autoral.

Talvez numa tentativa de agradar fãs da quadrinhos que queriam ver determinado personagem que ainda não apareceu em filmes anteriores, optou-se por encher de mutantes que deixaram a trama muito inchada de subtramas que não acrescentam em nada na origem do WOLVERINE. nada acrescenta a trama. 

o roteiro pouco inspirado de David Benioff e Skip Woods desperdiçou o potencial do ator e prejudicou o desenvolvimento da trama. Como uma história de origem, se passando antes dos eventos narrados na trilogia original, 

X-Men Origens: Wolverine tem elementos conhecidos do universo mutante, mas é um passo atrás por conta das falhas de seu enredo. Que apesar dos esforços de Hugh Jackman em sua notável caracterização como Wolverine, ele foi prejudicado por tirar o foco do personagem principal.

NOTA: 4

PONTO POSITIVO:
- Hugh Jackman como Wolverine

PONTO NEGATIVO:
-  Excesso de personagens na trama


Cicero Durães
24/02/2017

08/02/2017

STREET FIGHTER: A Última Batalha (1994) - Steven E. de Souza / Crítica



Data:
19 de setembro de 1995
(1h 42min)

Direção:
Steven E. de Souza

Elenco:
Jean-Claude Van Damme

Raul Julia
Byron Mann
Damian Chapa
Ming-Na Wen
Kylie Minogue
Simon Callow
Roshan Seth
Andrew Bryniarski
Grand L. Bush
Robert Mammone
Miguel A. Núñez Jr
Gregg Rainwater
Kenya Sawada
Jay Tavare
Peter Navy Tuiasosopo
Wes Studi
Gerry Day
Sander Vanocur
Adrian Cronauer
David Green

Gênero: Videogame, Ação

Nacionalidade: Estados Unidos



STREET FIGHTER - A Batalha Final é uma adaptação live action de um jogo de luta da CAPCOM  muito famoso nos anos 90, que apesar de ter faturado bem nos cinemas, foi um fracasso de crítica. Eu adora jogar sempre depois das aulas e gastei muitas fichas no fliperama. Apesar de um bom tempo sem concorrência nos arcades, as máquinas de fliperama da Capcom conseguiram fazer mais sucesso inicialmente aqui no Brasil. 

Considere esse filme uma paródia porque tudo foi uma adaptação que alterou o enredo do jogo original e as motivações dos personagens de Street Fighter ficaram bem estranhas. Sem contar os momentos bizarros de comédia pastelão. A minha expectativa de ver a história do jogo conforme eu conhecia e sem alterar nada foi frustrante. O desconhecido diretor Steven E. de Souza, o achou melhor mudar coisas significativas da trama do jogo. 

Entre elas o protagonista agora é o Guile, vivido pelo astro Jean Claude Van Damme sendo que no jogo sempre foi a dupla Ken e Ryu que nesse filme aqui são meros patetas trapaceiros. Tornaram o imponente Sagat vivido pelo ator Wes Studi (Magua do ÚLTIMO dos MOICANOS) em um velho traficante sem graça. Zangief é um brucutu burro que pelo menos em relação ao personagem do jogo muito parecido. Dhalsim feito pelo ator Rosha Seth (Chattar Lal de INDIANA JONES e o TEMPLO da PERDIÇÃO) que era parecido com o Gandhi vira um cientista mequetrefe; e o Honda deixa de ser japonês para virar um havaiano. E o brasileiro Blanka é um soldado que passa por experimentos para se tornar um Hulk com anemia. 

O elenco tem poucos conhecidos. Além do Jean Claude Van-Damme, tem a cantora Kylie Minogue fazendo o papel da Cammy. (Sem maio enfiado no rabo)
e o renomado Raul Julia (Gomez Adams da família Adams) fazendo o vilão Bison que é um dos poucos que teve seu personagem condizente com o jogo.

Apesar de fazer um ditador bem caricato o personagem lhe rendeu uma merecida indicação ao Saturn Awards em 1995, como ator coadjuvante. Na época estava sofrendo de câncer de estômago e morreu 2 meses antes de estrear o filme. Ele só aceitou fazer o papel a pedido de seus dois filhos. 

O filme faz um bom fan service pra quem conhece o jogo. O que não falta aqui são referências,  Jean Claude caracterizou o cabelo de vassoura (Apesar de ser vermelho). Executou muito bem o famoso golpe de Guile, o "Flash Kick" conhecido por muitos aqui no Brasil como "Gilete". O lado bom disso é que os fãs saem satisfeitos como todos os 16 personagens do game SUPER STREET FIGHTER II, (Menos Fei Long) foram encaixados na história. 

STREET FIGHTER - A Batalha Final fez um inesperado sucesso de bilheteria pelo mundo, porém, criou um filme usando o universo do jogo, mas sem relação com o mesmo. Resultado: Uma das piores adaptações de games para os cinemas. Uma história infantiloide com personagens zoados com originalidade perdida. A péssima recepção fez com que uma sequência nunca saísse do papel (GRaças a Deus). O diretor nunca mais foi visto, Jean-Claude Van Damme deu uma caída em sua carreira depois desse filme. (Deve ser por isso que ele não quis fazer Johnny Cage no filme MORTAL KOMBAT). 


NOTA: 1

PONTO POSITIVO: Referencias e o sacrifício de Raul pelos filhos.

PONTO NEGATIVO: Falta de originalidade e enredo cheio de inserções cômicas retardadas.



CIcero Durães
27/01/2017  

05/02/2017

O CHAMADO 3 (2017) - F. Javier Gutiérrez / Crítica


Data: 

2 de fevereiro de 2017 
(1h 42min)

Direção: 
F. Javier Gutiérrez

Elenco:
Matilda Lutz
Alex Roe
Vincent D'Onofrio
Johnny Galecki
Aimee Teegarden
Laura Wiggins
Bonnie Morgan


Gênero: Terror

Nacionalidade: Estados Unidos


O CHAMADO 3 continua como sempre; nunca foi um dos melhores filmes do terror pra começo de conversa. Mesmo agregado de elementos muito memoráveis, a fita vhs, o poço, e os cabelos tapando a cara de Samara. A história sempre foi um encontro de de situações que nunca se complementam ou se explicam.


O cinema japonês em 2002, que estava em ascensão com filmes de terror de grande sucesso. E foi uma chuva de adaptações desses filmes para os cinemas americanos. O diretor de PIRATAS no CARIBE, Gore Verbinski comandou o primeiro filme da trilogia.

‘O Chamado 2‘ foi feito em 2005 comandado pelo mesmo diretor do filme original japonês,  Hideo Nakata, . A sequência foi feita na correria com um roteiro entediante, que acabou enterrando a franquia após uma bilheteria aquém do esperado (arrecadou apenas US$ 161 milhões mundialmente).

O Chamado 3 acaba entrando no clichê de sempre: um antagonista que no fundo não é tão mal assim. Além desse imenso problema de argumento, também incomoda o fato do vídeo assassino ter se tornado um objeto de estudo para algumas pessoas. Isso fez com que todo o ar sombrio e misterioso da lenda que assombra a mitologia da franquia, perdesse força.

Se passaram então doze anos e os restos mortais de Samara encontrados no segundo filme, não adiantaram de nada e a sensação foi de tempo perdido, afinal a justificativa da sua volta não convence muito. 

Agora acompanhamos a jovem Julia (Matilda Lutz) que após o sumiço de seu namorado Holt (Alex Roe), descobre que ele está envolvido com um vídeo amaldiçoado que, depois de assistido, te mata em 7 dias. Decidida a se sacrificar pelo seu companheiro, ela resolve assistir o vídeo e, com a ajuda de Gabriel (Johnny Galecki, O Leonard de Bing Bang, a Teoria), Julia descobre a existência de um outro filme escondido dentro do vídeo. É sério, WTF???

A primeira cena que lembra muito o filme PREMONIÇÃO é desnecessária e medonha, mas não de susto, e sim de qualidade. Mal feita, sem nexo e com diálogos que um ser humano normal jamais diria numa situação de perigo eminente que causam por incrível que pareça risos. 

O maior erro desse filme, e não ter nenhum personagem dos outros dois filmes, Naomi Watts era pra estar nesse filme de alguma forma mais direta, mas percebe-se que o diretor F. Javier Gutiérrez está disfarçando essa sequência de REBOOT.

E o melhor personagem aqui é do ótimo ator de Vicent D`Onofrio, (Wilson Fisk de DEMOLIDOR) mas mal desenvolvido, e que poderia deixar o filme mais interessante se soubessem aproveitar seu empenho.

O CHAMADO 3 é facilmente o pior dos três filmes até aqui, com muito do que representa sendo deixado de lado e com a inserção de personagens chatos e desinteressantes, que nada adicionam. O final do filme pode representar que teremos mais versões pela frente, mas a impressão que o terceiro longa deixa é que nada será mais como antes, principalmente em termos de qualidade.

NOTA: 3

PONTO POSITIVO: Atmosfera do filme
PONTO NEGATIVO: Roteiro preguiçoso e diálogos sem sentido

Cicero Durães
05/02/2017

01/02/2017

À ESPERA de UM MILAGRE (1999) - Frank Darabont / Crítica


Data:

10 de março de 2000 
(3h 09min)

Direção: 
Frank Darabont

Elenco: 
Tom Hanks
Michael Clarke Duncan
David Morse
Sam Rockwell
James Cromwell
Gary Sinise
Michael Jeter
Graham Greene


Gênero: Drama

Nacionalidade Estados Unidos


À ESPERA DE UM MILAGRE conta a história de John Coffey, que é um homem negro gigante que assusta pela aparência grotesca, mas que no fundo é ingênuo e gentil com as pessoas. Ele tem o poder sobrenatural de curar qualquer tipo de enfermidade. Acusado injustamente de ter matado 2 crianças, ele é preso e condenado a morte. Mas na mediada que o tempo vai passando, o guarda da penitenciaria Paul Edgecomb vai percebendo a bondade no homenzarrão que o deixa em dúvida sobre sua condenação.


Um dos grandes segredos do sucesso desse filme está no seu desenvolvimento de personagens, conduzido com cuidado e sem nenhuma pressa. Mesmo que torne o filme mais extenso do que deveria. O roteiro nos coloca do outro lado do corredor da morte, nos fazendo sentir o peso das horas findas que se aproximam cada vez mais daquelas pessoas do fim. Ao longo da narrativa, nos tornamos tão próximos daquelas pessoas que praticamente somos confidentes de seus pensamentos angustiados mesmo dentro de um ambiente tão fúnebre.

É um filme impactante que sabe mostrar o nível da bondade no ser humano, usando o lado mal para enfatizar isso. Os quatro guardas do corredor da morte são pessoas extremamente boas, mas sempre tem um que gosta de ser o vilão, e esse consegue despertar uma indignação forte no espectador. Afinal de contas, estamos falando sobre uma pessoa que pratica o bem, policiais do bem e um policial que decide ser carrasco.

Preparem-se para um bombardeio de emoções, quase todas provocadas pela simplicidade e pela infantilidade de Coffey, brilhantemente interpretado por Michael Clarke Duncan. Devo destacar também a importância do apoio de Tom Hanks, uma vez que ele era o líder natural.

A dobradinha feita pelo escritor Stephen King e o diretor Frank Darabont já feita em outra obra que é UM SONHO de LIBERDADE mostra as qualidades já ressaltadas quando o filme concorreu a quatro Oscars: Melhor Ator Coadjuvante, Michael Clark Duncan, Melhor Som, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor filme. 


À ESPERA DE UM MILAGRE é muito mais do que um filme sobre prisão, é um filme emocionante que consegue nos trazer reflexões do que é ser ético ou conivente com determinadas decisões na vida. De extrema simplicidade na sua história de mocinhos e vilões, tudo desde o início parece ser extremamente definido. Um dos poucos filmes que me levou ás lágrimas em seu desfecho. Uma adaptação do livro de Stephen King que foi muito bem executada no cinema.

NOTA: 09

PONTO POSITIVO: Desenvolvimento de personagens 


PONTO NEGATIVO: Final longo demais

Cicero Durães
20/01/2015

25/01/2017

BLADE RUNNER: O Caçador de Andróides


Data:

26 de julho de 1982 
(1h 57min)

Direção: 
Ridley Scott

Elenco: 
Harrison Ford
Rutger Hauer
Sean Young
Daryl Hannah
M. Emmet Walsh
Brion James
Edward James Olmos

Gênero: Ficção Científica

Nacionalidade: Estados Unidos


BLADE RUNNER” é nome designado para CAÇADOR de REPLICANTES. Ele é um detetive especializado em identificar um replicante seria via um teste de perguntas e respostas conhecido como  "VOIGHT KAMPFF" pois os replicantes não possuem sentimentos.

REPLICANTES são seres humanos criados em laboratórios se diferenciando pelo fato de não possuírem sentimentos. No entanto, seus criadores perceberam que após alguns anos de existência, eles desenvolveram pensamentos próprios, e tomaram consciência de sua existência.

O detetive Rick Deckard (Harrison Ford) recebe a missão de caçar quatro replicantes rebeldes de um modelo especial que em muito se assemelha aos humanos e que é dotado de grandes capacidades intelectual e física. desertores que fugiram após uma rebelião. Esses seres criados artificialmente,  faziam parte de uma colônia espacial e retornaram ao planeta Terra com a intenção de encontrar seu criador e, após serem tratados como delinquentes, demonstram ter mais humanidade que seus fabricantes.

Entre os poucos replicantes que ainda restam estão Roy (Rutger Hauer) e Pris (Daryl Hannah), que buscam seu inventor para ganhar mais tempo de vida, e Rachel (Sean Young), que em um primeiro momento serve como objeto de estudo, mas aos poucos cria uma relação particular com Deckard.

Sua história é situada em Los Angeles futurista no ano 2019, onde o céu aberto e o sol deram lugar à escuridão e a chuvas constantes, em uma metrópole com contornos amedrontadores. Nesse cenário, e com um clima futurista “noir”,

Um filme que levanta muitas questões filosóficas e éticas, provocando reflexões sobre os conceitos de humanidade, e mostrando um mundo tecnológico possível no futuro, um reflexo real do que podemos esperar da vida no nosso planeta. Possui diálogos profundos, trazendo intensas conversas que valem a pena prestar atenção. O livro explora essas questões com mais profundidade e é altamente recomendável para aqueles que apreciaram esse filme. Baseada no conto “Androides Sonham com Carneiros Elétricos? do escritor Philip K. Dick.

A verdade é que “Blade Runner” era um filme muito à frente de seu tempo – o que, na opinião do diretor Ridley Scott, é algo tão ruim quanto estar atrasado no tempo. A visão totalmente sombria de um futuro distópico, onde o planeta foi reduzido a uma terra arrasada sob constante chuva ácida e os animais já estavam extintos, não agradou a platéia daquela época, acostumada com uma leitura mais agradável do futuro da humanidade.

Blade Runner conta com várias versões porém a versão definitiva foi somente apresentada em 2007 com o corte final do diretor assim o consagrando como uma das obras mais significativas no mundo da ficção científica e se tornando referencia para o universo Cyber Punk.

O desfecho deixa a desejar: lento e inesperado, representa um quebra narrativa que deixa seu clima cair muito mesmo que induza a muitas reflexões interessantes. Toda a história ocorre num único dia da vida do protagonista. Deixando a grande polêmica que permeia até hoje: será que Deckard é também um replicante? Ridley Scott deixou o filme com algumas dicas (dúbias) que levam a crer que o detetive era realmente um replicante. O sonho com o unicórnio cujo arco se completa na última cena com o origami deixado pelo mesmo Gaff em seu apartamento deixa muitas pessoas intrigadas.

Esse subtitulo CAÇADOR de ANDROIDES usado apenas no Brasil não faz nenhum tipo de sentido porque androides são mecanismos cibernéticos para definir ROBÔS. REPLICANTES são organismos que se aproximam do que pode ser considerado CLONAGEM. Mesmo assim, detalhes que passam desapercebido por muita gente.

BLADE RUNNER: O Caçador de Androides é uma ficções científica que virou cult no cinema, por causa de sua passagem no tempo, e pela maneira como levanta as questões sobre a condição da existência, sua visão futurista no que ocorre atualmente. O filme de 1982 que já falava de aquecimento global, poluição, superpopulação, escassez de água e combustíveis, extinção de animais, consumismo desenfreado e o domínio de corporações sem esperança num mundo que caminha para a autodestruição a passos largos.

NOTA: 8

PONTO POSITIVO: Estética Visual e Roteiro
PONTO NEGATIVO: Trama arrastada em alguns pontos

Cicero Durães
25/01/2017

21/01/2017

A.I - INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL (2001) - Steven Spielberg / Crítica


Data:
7 de setembro de 2001 
(2h 20min)

Direção: 
Steven Spielberg

Elenco: 
Haley Joel Osment
Jude Law
William Hurt
Frances O'Connor
Meryl Strepp
Sam Robards
Brandam Gleeson
Jake Thomas

Gênero: Ficção Científica

Nacionalidade: Estados Unidos



A.I - INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL conta a história de um menino-robô que deseja ser humano. A ideia do cientista em robôtica Hobby (William Hurt) seria criar o primeiro robô criança da história, um pequeno androide programado para fazer parte de uma família, para amar e ser amado. 

Depois disto é apresentado o casal Monica (Frances O’Connor) e Henry (Sam Robards) Swinton, cujo filho desenvolveu uma doença rara há cinco anos e permanece congelado, à espera da cura. Para abrandar a solidão da esposa, Henry aceita ser cobaia de uma experiência da firma em que trabalha e leva para casa um robô criança de última geração.  A reação inicial é conflituosa, mas logo se estabelece um laço mãe-filho entre ele o Monica. 

Essa ligação, porém, vai ser quebrada assim que Martin (Jake Thomas) retorne ao lar, finalmente curado. Aí, o robô acaba largado num bosque, acompanhado apenas do urso de pelúcia falante Teddy. A analogia com o conto de Pinóquio é é muito forte aqui.

Aí começa o segunda parte, que dica mais sombria. O garotinho, abandonado no meio da floresta, encontra o robô michê vivido por Jude Law que ajuda em sua busca pela Fada Azul para, assim como aconteceu com Pinóquio, se transformar em um menino de verdade, pois só assim acredita que irá reconquistar o amor perdido da mãe. 

Inteligência Artificial era um dos projetos mais queridos e ambiciosos de Stanley Kubrick, mas em um dado momento da vida ele decidiu que a pessoa certa para dirigi-lo era seu amigo Steven Spielberg. Logo após a morte de Kubrick, Spielberg decidiu produzir o filme, que acabou se tornando uma grande homenagem a um dos grandes mestres do cinema. Quando vi esse enredo em tela, percebi as três partes, claramente identificadas com os nomes do projeto. A primeira é Spielberg. A segunda, tem muito da mente de Kubrick ali. A terceira, porém, é um metafísico que, a meu ver, mescla ambos.

Na pele do menino-robô David, Haley Joel Osment mostra que sua indicação ao Oscar por O Sexto Sentido em 2000, foi de fato merecida. A evolução do personagem é tocante, e com uma atuação comovente Haley segura muito bem o filme em seu papel de protagonista, e faz com que o público se apaixone por David. 

O filme tem muitas referências de Blade Runner. E que não teme passar do drama à ficção, ao romance à aventura e de volta à ficção com impressionante desenvoltura. Mas O conto de Pinóquio, do italiano Carlo Collodi, é o fio condutor para o roteiro.

Apoiado em recursos técnicos de cair o queixo, Inteligência Artificial é fascinante mas irregular, e seu final - no qual manifesta-se, mais uma vez, a obsessão de Spielberg pelos extraterrestres, infelizmente sobrecarregado de informações, que deixa a conclusão simplista. É verdade que faltou ousadia ao desfecho, mas a opção pela emoção não pode ser considerada absurda e ninguém melhor do que Spielberg, auxiliado pela preciosa música de John Williams, para levar o público às lágrimas.

A.I - INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL além de nos trazer questionamentos sobre essa relação tão polêmica e tão complexa que é a do homem com a máquina, nos deixa uma grande lição, a de que nós, humanos, temos capacidade, maior do que qualquer artefato tecnológico: somos capazes de amar! Sonhar, planejar, enfim, nos emocionar. Grandes qualidades dos seres humanos.

NOTA: 9

PONTO POSITIVO: Efeitos especiais e condução da história
PONTO NEGATIVO: Final cheio de conveniências


Cicero Durães
21/01/2017

TRIPLO X: REATIVADO - O Retorno de Xander Cage


Data:

19 de janeiro de 2017 
(1h 47min)

Direção: 
D.J. Caruso

Elenco: 
Vin Diesel
Donnie Yen
Samuel L. Jackson
Deepika Padukone
Tonny Jaa
Kris Wu
Ruby Rose
Nina Dobrev
Rory McCann
Neymar

Gênero: Ação, Espionagem

Nacionalidade: Estados Unidos


No primeiro Triplo X” é apresentado ao atleta de esportes radicais Xander Cage (Vin Diesel), um criminoso viciado em adrenalina que é recrutado por Augustus Gibbons (Samuel L. Jackson) para uma programa especial de espionagem. 


Já no segundo filme o escolhido é Darius Stone (Ice Cube), um condecorado soldado de Operações Especiais que está atualmente em uma prisão militar, sob pesada vigilância. Após fugir da prisão, o novo agente Triplo X precisa evitar que o país sofra um golpe de estado.

Neste terceiro filme da franquia – “xXx Reativado” Xander volta a para a NSA (Agência secreta de espionagem) depois que um dispositivo com o poder de controlar qualquer satélite no mundo, a Caixa de Pandora, é roubado. (Sério)

Apesar de cenas bem feitas com o mesmo padrão do primeiro filme, o longa é cheio de cenas improváveis. Saltos sem paraquedas, a surfe com motos. O que não deixa o filme totalmente previsível são os personagens. Com certeza o ponto alto da produção. 

O roteiro cria situações absurdas dentro da trama para que a ação não caia em nenhum momento na tela e ainda faz disso algo visualmente extraordinário para quem gosta de ação, em alguns pontos fiquei rindo de algumas cenas de luta. Principalmente a que se refere do Xander contra o vilão do filme. (Vin Diesel conseguir bater no Donnie Yen, já é demais).

Tudo nesse filme é uma paródia dentro da paródia sobre filmes de espionagem que não se deve levar muito a sério, você percebe isso nas constantes frases de efeitos cafonas do Vin Diesel, o elenco parece levar isso como uma diversão sem grandes pretensões. Desperdício de talento é usar Donnie Yen como vilão e não aproveitar o potencial de luta desse cara. Percebi que ele é um dos poucos que tenta levar a sério um material tão despretensioso.

TRIPLO X REATIVADO possui até bons elementos de entretenimento, mas com uma história muito batida e que deixa a desejar. Desligue o cérebro e aproveite e saia do cinema como se nada tivesse acontecido.


NOTA: 3

PONTO POSITIVO: Personagem Xiang feito pelo Donnie Yen
PONTO NEGATIVO: Roteiro previsível e cheio de clichês


Cicero Durães
20/01/2016