15/01/2017

A LIGA EXTRAORDINÁRIA (2003) - Stephen Norrigton / Crítica


Data:
11 de julho de 2003
(1h 51min)


Direção: 
Stephen Norrington


Elenco: 
Sean Connery
Shane West
Peta Wilson
Naseeruddin Shah
Tony Curran
Stuart Townsend
Jason Flemyng
Richard Roxburgh


Gênero: Aventura, HQ

Nacionalidade: Estados Unidos, Reino unido, Alemanha

A LIGA EXTRAORDINÁRIA pode ser considerado OS VINGADORES MAIS ANTIGOS digamos assim. A premissa do filme é ótima: Juntar personagens consagrados da literatura clássica que com seus poderes sobre-humanos é chamado para combater um inimigo conhecido apenas como “O Fantasma”, que procura obter armas “especiais” para vender a determinadas nações para que fossem usadas em guerra.


Quando comecei a assistir o filme não tinha noção do enredo dos quadrinhos e ao topar com essa salada de “velhos conhecidos” vindos de ambientações tão diferentes, a impressão que tive é de que seria impossível dar coerência nesse tipo de encontro, mas o resultado desse crossover é algo fantástico. Juntar personagens da literatura clássica numa história coesa não é tarefa das mais fáceis.

E foi justamente por causa desse filme, eu fui atrás do seu material fonte, que é baseado na HQ de Alan Moore e Terry O’Neill que por sua vez é baseada na literatura fantástica do final do século XIX.


a liga extraordinária é formada por um grupo de personagens clássicos como Allan Quatermain (“As Minas do Rei Salomão”, de H. Rider Haggard), Mina Harker (“Drácula”, de Bram Stoker), Henry Jekyll e Edward Hyde (“Dr. Jekyll e Mr. Hyde”, de Robert Louis Stevenson), Rodney Skinner (“O Homem Invisível”, de H.G. Wells), Capitão Nemo (“20.000 Léguas Submarinas”, de Julio Verne), Dorian Gray (“O Retrato de Dorian Gray”, de Oscar Wilde), que é apenas mencionado na HQ e o vilão Moriarty, inimigo clássico de Sherlock Holmes (“The Final Problem”, de Arthur Conan Doyle) e o que não existe nos quadrinhos, é o Tom Sawyer (“As Aventuras de Tom Sawyer”, de Mark Twain) que só está no filme pela sua nacionalidade americana.


Talvez eu seja um dos poucos fãs desse filme. Esse filme só foi lançado numa época em que não foi bem aceito pela onda de filmes que rolava no momento! Com o sucesso dos VINGADORES, esse filme teria feito muito SUCESSO e chegaria a 1 bilhão, se tivesse sido lançado depois dos VINGADORES, com toda certeza.
Talvez o público não estava preparado pra isso. Os efeitos especiais não tem nada de espetacular, mas acho que na época os filmes baseados em quadrinhos ainda não tinham seu espaço, como é feito hoje.
Podemos colocar a culpa no diretor Stephen Norrington que dirigiu o primeiro "BLADE" que é muito bom, mas com seus excessos preferir explodir cenários do que em contar uma história. 

As lutas são coreografadas demais e os cenários das cidades muito perceptíveis, e CGI muito mal colocado e recursos para fazer algo melhor na época com certeza tinham. Depois que eu li o quadrinho fiz algumas comparações com o roteiro que mudou os personagens completamente. Assim Allan Quartemain não é mais um velho viciado, Mina é apenas uma vampira, e Hyde é um gorila que precisa da porção para se transformar e Dorian Gray, apenas citado nas HQs da as caras de vez. Então por causa dos americanos foi inserido o personagem Tom Sawyer de Mark Twain um clássico da literatura norte americana. 

Só pela tentativa de juntar esses personagens num filme, mesmo que tenha tido certas falhas em seus efeitos especiais valeu a pena está experiência que para mim foi muito louvável.  O filme é boa aventura cheia de ação (Até demais), mas nada de espetacular, é o "VINGADORES" da era vitoriana.

NOTA: 06

PONTO POSITIVO: A premissa da história é muito boa

PONTO NEGATIVO: História convencional sem grandes pretensões




Cicero Durães 
20/08/2015

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